2012/7/15 Carlos F. Karnas <carlos.karnas@gmail.com>
Caro David.
Entendo o seu cuidado e diplomacia no trato dessa questão. Sem problemas.
Competente e imparcial o seu comentário. Neste momento, para mim ele foi
esclarecedor.
Obrigado pelas palavras. Eu honestamente busco esta imparcialidade pois,
tanto na TDF como na ASF tenho conhecidos e até alguns amigos e, quando
penso em comparativos, primeiro penso nestes conhecidos e amigos que tenho
nas duas fundações. Sem esquecer que algumas delas temos como
participantes
de nossas listas, assim com eu também estou nas listas da Apache.
Despertou-me curiosidade hoje, ao ver nesta lista de discussão, um
colisteiro referir-se ao OpenOffice. Eu o utilizava há anos atrás,
compartilhando-o com Mac (iMac com OS 9 e depois o X) e PC. Uma
maravilha.
Cai no LibreOffice naturalmente, fazendo a migração de simples usuário
sem
ao menos saber direito o que havia acontecido nas negociações dos
detentores originais dos aplicativos.
Na maioria absoluta dos casos, o mesmo acontece com outros usuários, e não
julgo isso errado. Na verdade, o usuário busca soluções, não aulas de
licença ou de desenvolvimento de software ou de compilação. Quem quer aula
vai atrás e se convencerá de que aquelas informações adicionais são
necessárias para si, ou não! E assim estão certos. Por vezes, ignoramos o
quê o usuário tem a dizer, quando deveríamos considerar sua opinião como
primária. Afinal, em síntese, é pelo usuário que se faz um software.
Fui levado na migração sem dar atenção às transformações dos detentores
da
marca e nem perceber a mudança para os novos detentores. Pequei pela
falta
de curiosidade ou não bisbilhotice.
Não pecou, digo que foi pragmático, prático. Tinhas um problema e o
LibreOffice, naquele momento, atendeu suas necessidades, já que atender
expectativas é MUITO complicado.
Para mim o OpenOffice se transformara pura e simplesmente em LibreOffice.
Durante um tempo, em que a Sun/Oracle não definia claramente o quê faria
com sua marca e legado, bem como com o código, esta lógica estava
perfeita.
Para o usuário, um software parou de ser desenvolvido e outro absorveu o
legado. Poderíamos argumentar de forma um pouco diversa sobre os métodos
adotados. Contudo, para o usuário, foi isso que aconteceu: Um software
parou de ser desenvolvido, outro assumiu seu lugar!
Contudo, cabe salientar que esta interpretação era verdadeira até um certo
momento, até o momento em que a Apache encubou o OpenOffice e começou a
planejar a continuidade do desenvolvimento.
Por isso, a sua interpretação na linha abaixo, hoje, é a mais sensata:
Tratam-se de dois aplicativos que são desenvolvidos em paralelo. Talvez
"correm" não seja a palavra mais apropriada. ;-)
Ponto. Hoje fico sabendo que não foi bem assim e que os dois aplicativos
correm paralelo.
Mas, o LibreOffice já está incorporado no meu dia a dia e me atende
plenamente em tudo o que preciso como usuário absolutamente convencional
e
corriqueiro. Por força disso, inúmeras pessoas e entidades acabaram sendo
influenciadas por mim para experimentarem e migrarem para o aplicativo
LibreOffice. Na unanimidade, sem rejeições.
Fico feliz por este relato. Espero que o desenvolvimento do LibreOffice
continue a atender suas demandas e, quem sabe, também atenda suas
expectativas.
Obrigado pela sua paciência e esclarecimentos. Desculpas pela minha pouca
prática.
Estamos às ordens. Comunidade é para isso mesmo: Espaço aberto para o
diálogo!