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Em 4 de abril de 2012 13:45, Wildner <wildner1@gmail.com> escreveu:
Deve ter um monte de pequenos detalhes que o Lo não tem, vejam a comparação
acima estou fazendo em cima do MSoffice 2003 que tem mais de 10 anos, eu nem
uso o MSoffice 2010 portanto não sei dizer quais outras funções foram
implementadas que no Lo não tem.

Um grande problema é que essas mini-reclamações de usabilidade parecem
não alcançar de fato os ux-designers.
A experiência do usuário é o que faz tantos alunos e servidores do
IFES campus Cariacica, onde trabalho, se irritarem tanto com o
produto; chamando-o até de BurrOffice. Lá não há licença para
MSOffice; assim os alunos têm um contato forçado com o BrOffice, mas
frustrante.

Gosto bastante do BrOffice/LibreOffice, mas eu sei dessas falhas
irritantes, independentemente de comparação com MS Office, que já não
o uso faz MUITO tempo; o último que lembro que usei usei mesmo foi o
97; os seguintes só uso rápido em computador de empresa.

Quanto ao recurso "Congelar a ultima cor das fontes e fundos", acho
que vi isso ser implementado.

Estou triste porque me disse que essas sugestões já chegaram aos
desenvolvedores, mas parece no tom de sua resposta que é normal a demora nas
implementações, ou até penso que até sejam descartadas.

A questão é que é um projeto sem empresa por trás talvez? Embora Suse
e RedHat atuem bastante...

Pelo que acompanhei, a meta mais forte do LibreOffice é organizar
melhor o código (remover trechos inutilizados, limpar remendos do
passado, documentar melhor, etc etc etc). Isso é um processo lento,
porque muitos que contribuem com o código do projeto estão
descobrindo-o ainda.

Essa limpeza toda tem seus contratempos: às vezes,
remove-se/modifica-se coisas que não se devia ou o faz de forma
inapropriada. Claro, tem uns de maior conhecimento do código
monitorando, mas sempre se escapa algo. Isso pode ser desastroso, como
imagino que a versão 3.4.0 deva ter sido.

Tudo isso aí não é coisa muito visível para o usuário final, mas que
tem grande importância para implementar recursos, corrigir erros, etc.

Acredito que depois dessa leva 3.5 o corpo do projeto deva estabilizar.

Acho que deviam fazer uma pesquisa com os usuários e pedir o que querem que
seja feito, outra coisa seria desenvolver por um ano e lançar uma versão
mais leve com mais recursos e com menos bugs.

A cada versão que soltam, pouco percebo as diferenças, mesmo reconhecendo
algumas, portanto ficar um ano sem lançamentos não mataria ninguém.

Como é projeto com muitos voluntários, a prioridade é o que os
voluntários querem (e conseguem) resolver. A dos mais antigos é tentar
verificar desempenho, ajudar os novatos, fazer coisas desafiadoras que
queriam há muito, mas talvez não seja tão impactante para o usuário.

A filosofia do LibreOffice "release soon, release often" para mim não
é boa. Eu acho que o projeto deveria ter metas para cada versão. Claro
que elas poderiam se modificar com o tempo, mas simplesmente liberar
por intervalo de tempo decorrido, não ajuda em muito. Aí vem a versão
3.6.0 e todo mundo evita, porque será aquela cheia de bugs. Com isso,
menos pessoas testam, e aí vai sair a 3.6.1, mas sem corrigir um
monte, afinal poucos testaram para descobri-los.

O que eles fazem apenas é colocar os bugs descobertos gritantes - que
quebram o programa - como impedimento para lançamento da versão.
Contudo, funcionalidades simples de implementar para quem é acostumado
com o código... Ah, deixa para a próxima (sub)versão... Ainda bem que
agora fizeram aquelas 2 caças aos bugs lá para dar uma melhorada.

Esse esquema só enfraquece a confiança da qualidade do produto para
uma empresa instalar em suas máquinas, a meu ver.

O que talvez devamos fazer é colocar um projeto/uma página de
reclamações de usabilidade, levar aos ux-designers/abrir relatos de
erros... E tentarmos também fuçar o código para melhorá-lo. Eu fico
"brincando" lá de vez em quando, mas nunca conseguir concluir nada
ainda ;) Mas sem tempo ando, prioridades mudam, desculpas, desculpas,
desculpas...

Att,
Rodolfo

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