frases que dão o que pensar: o LO tb precisa mudar, senão pode ficar
para trás. e a MS sempre pensando em cativar (prender) ainda mais seus
usuários, agora usando o recurso da nuvem...
"O Office precisava mudar ou corria o risco de ficar para trás. [...].
O Office sempre foi a galinha dos ovos de ouro da Microsoft, logo, se
eles estão arriscando aqui, é porque confiam muito no que estão
propondo"
Enviado para você por wally através do Google Reader: O que o Office
2013 tem de novo via Gizmodo de Rodrigo Ghedin em 17/07/12
Ontem a Microsoft anunciou o Consumer Preview do Office 2013, nova
versão da sua onipresente suite que tenta aproximá-la do visual Metro
que se espalha por tudo que está sob as asas da empresa atualmente.
Apesar desse indicador, o novo Office não é Metro “puro sangue”. Seus
apps abrem na área de trabalho clássica e, sem muito esforço por parte
do usuário mais desatento, lembram muito os do Office 2010. Agora você
pode escolher “temas visuais”, desenhos super suaves que aparecem para
quebrar o brancão da parte superior das janelas, mas nada muito
animador, ou diferente.
O que está bastante diferente e promete ser uma força do Office 2013 é
a forma de adquiri-lo. Caixinhas e CDs começam a dar sinais de que a
aposentadoria está próxima. O novo Office conta com a força da nuvem,
tem um processo de instalação padrão similar ao do Office 365 e daquele
esquema de recursos complementares do 2010 e deverá ser vendido na base
de assinaturas. Como disse Sean Gallagher:
“As mudanças são parte de uma alteração estratégica maior da Microsoft.
O Office 2013 é mais do que uma atualização nos aplicativos de
produtividade quase ubíquos da Microsoft. A empresa está claramente
contando com o Office 2013 para ser a base de toda a sua estratégia
Windows e de plataforma na nuvem: mover-se de uma visão de mundo
centrada no PC para um ecossistema de dispositivos; mover-se de velhas
versões para o Windows 8; e mover-se das vendas de software para
assinaturas baseadas na nuvem.”
Isso é uma grande aposta e já dá para ter um gostinho nesse Consumer
Preview. A instalação consiste em um pequeno instalador com menos de 1
MB; ele conecta o PC à Internet, baixa o que for preciso e, dali em
diante, sempre que preciso faz as atualizações e downloads necessários.
Para o usuário, a mudança é positiva — a instalação corre mais rápida
e, na prática, nada de diferente é percebido. O único detalhe é que
aumenta a dependência de conexões rápidas e confiáveis, o que pode ser
uma dor de cabeça em muitos locais…
Estratégias à parte, o que muda, na prática, no Word, Excel e
PowerPoint nosso de cada dia? Vejamos. Mas antes, o caso tablet.
O Office para tablets
Se o Windows 8 está sendo feito com tablets em mente, também está o
Office 2013. Aqui, porém, a ruptura é mais difícil de acontecer —
transpor a interface para o visual Metro sem perder funcionalidades
deve ser difícil.
Talvez por isso, talvez por algum outro motivo, no Office 2013 as
mudanças são menos radicais. Os aplicativos ganharam um tapa “Metro
padrão”, ou seja, ficaram mais brancos/com cores chapadas, fontes
maiúsculas e dois novos modos claramente feitos para tablets: tela
cheia e modo de toques.
O modo tela cheia, acessível através de um botão perto dos de
minimizar/maximizar/fechar, esconde toda a moldura do aplicativo,
deixando apenas o trabalho em foco. É bem bacana, ajuda na imersão, mas
não é de fato tela cheia — a barra de tarefas da Área de Trabalho
permanece visível. Mas é uma boa, de qualquer forma; um avanço em
relação ao (ainda presente) Ctrl + F1 das versões anteriores, que
esconde a Ribbon.
O modo de toques aumenta o espaçamento entre os ícones da Ribbon. Só.
Eles continuam pequenos, mas o espaço extra diminui as chances de
toques/cliques acidentais. O modo, que em tablets (incluindo os com
Windows RT) vem ativado por padrão, parece mais um paliativo do que uma
solução robusta para toques. O Office 2013 tem cara de tablet, mas no
fundo ainda é aquele software carrancudo que só estudante e funcionário
de escritório e multinacional usa.
Todos eles ganharam uma nova tela “Arquivo”, que substitui e, ao mesmo
tempo, lembra muito o “Backstage” do Office 2010.
Há uma forte integração com o SkyDrive desde a instalação. Ele aparece
como opção padrão no salvamento de arquivos e parece ser o destino
preferido da Microsoft para seus arquivos, como vídeos publicitários,
como este, deixam transparecer. Infelizmente, o salvamento e acesso a
esses arquivos na nuvem continua com desempenho ruim, uma “herança” dos
tempos do Office Live Workspace. Não raro o programa para de responder
e aqueles momentos de tensão, de dúvida se o arquivo será salvo
corretamente ou não, são bem angustiantes. Para algo tão importante na
estratégia microsoftiana, deveriam ter dado mais atenção para isso. Que
demore um pouquinho, mas congelar o aplicativo temporariamente é uma
falha meio difícil de aceitar hoje.
Word
Agora está mais fácil alinhar objetos multimídia, com guias visuais de
alinhamento e mais liberdade na movimentação. E tem vídeos online,
inclusive do YouTube.
O sistema de comentários ficou mais robusto e comporta respostas e,
graças à conexão com a Conta Microsoft, dá para ver o avatar de quem
comenta ali. Pequenos toques que deixam a experiência mais agradável.
O novo modo de leitura parece ter sido feito sob encomenda para
tablets, e somado ao suporte nativo e total a PDF (inclusive edição!),
deve aumentar a dominação do Word na elaboração e edição de textos.
Afinal, se ele faz mais que o Reader X e quase a mesma coisa que o
Acrobat, para que manter esses da Adobe instalados?
Excel
O Excel aprendeu truques que facilitam a vida, além de animações mais
suaves nas seleções e outras ações realizadas nas planilhas — porque se
é para fazer balanços e análises chatas, que seja com estilo, certo?
Dos novos recursos, tem alguns bem espertos. O Flash Fill identifica um
padrão no preenchimento de uma linha e sugere o complemento da linha
seguindo ele. No exemplo que o Office traz, há uma linha com emails e,
ao lado, outra com nomes, vazia. Preenchendo a lista de nomes com os
primeiros dos emails, no segundo item todos aparecem. Um Enter e a
lista está pronta.
O recurso de Quick Analysis atua sobre tabelas. Selecionando uma
inteira, uma série de ações rápidas aparece em um quadradinho no canto
inferior direito. É um (bom) atalho rápido e eficaz para coisas que se
escondem na Ribbon.
Por fim, gráficos recomendados. O próprio Excel analisa a tabela
selecionada e sugere os melhores gráficos possíveis para os dados que
ali constam. Não é o recurso mais revolucionário do mundo, mas um belo
poupa-tempo — para que quebrar a cabeça entre barras e pizza se um
algoritmo é capaz de decidir pelo melhor em cada ocasião?
PowerPoint
Temas novos, mais bonitos e widescreen chegam junto com o PowerPoint
2013. Há novas guias dinâmicas para facilitar o alinhamento de imagens
e objetos e um conta-gotas para capturar cores e aplicá-las em
elementos e textos. Pequenas adições que parecem ter sido importadas de
softwares de edição de imagens e que, na prática, facilitam um tanto o
trabalho.
Um novo Presenter View ajudará a galera que gosta de ler, digo, trazer
anotações para apresentações. Bem organizado na tela, coloca o slide em
destaque/do projetor de um lado, e slides auxiliares e notas, visíveis
só ao palestrante, do outro. Há alguns recursos de interação, incluindo
um ponteiro de mouse que se transforma em laser. No geral, tudo mais
elegante e organizado que na versão anterior.
Diversos mecanismos de colaboração estão presentes, usando desde o
navegador até o PowerPoint Web App — em ambos os casos, para quem não
tem acesso ao PowerPoint de verdade.
OneNote
A parte mais interessante do OneNote não está no Office, mas na
Microsoft Store: o OneNote MX, app Metro à parte. Mais leve, mais
rápido, com um menu suspenso circular que lembra um antigo projeto
adorado (e abortado) da Microsoft… É um páreo duro para o Evernote e,
possivelmente, a melhor versão do OneNote disponível por aí.
Não espere que Word, Excel e PowerPoint sigam esse caminho, porém. O
OneNote, desde o seu nascimento, tem cara e jeitão de tablet. A
liberdade produtiva, o conceito de cadernos, as ferramentas multimídia,
ele era um programa que parecia “amarrado” com a dupla mouse+teclado.
No tablet, com os dedos, ele se liberta. Posso estar fora do
público-alvo do Office, mas para mim é o killer app da suite em tablets.
Outlook
Olha, tem a previsão do tempo no calendário agora. Não, sério: tem
mesmo.
Nunca usei pra valer o Outlook, então só percebi as mudanças mais
evidentes. Colocaram os acessos às áreas principais no rodapé e, se
você passa o mouse sobre elas, uma pré-visualização interativa surge (e
me faz questionar: como reproduzir esse efeito com os dedos?). A
interface ganhou tapas minimalistas que a deixaram mais suave, menos
carregada e claustrofóbica.
Há conexões sociais com LinkedIn, Facebook e “sites” relativamente
útil: quando se recebe um email de um contato, aparecem no rodapé
informações e atualizações de redes sociais, outros emails já enviados,
reuniões marcadas, anexos… Um resumão da sua relação com ele.
Pelo que informou a Microsoft, melhorias na conexão com servidores
SharePoint também estão no rol de novidades.
Vale a pena o Office 2013?
A versão de avaliação ainda vem com outros aplicativos de uso bem
específico, Publisher e Access. Vem, ainda, um “Upload Center” para
fazer o meio de campo entre seu PC e a nuvem/SkyDrive.
Se vale a pena? Esta ainda é uma versão incompleta, embora já próxima
da final. Ela não traz nenhuma grande melhoria em relação às últimas,
nada que torne o upgrade indispensável, embora admita que as transições
e animações suaves e o visual mais “flat” sejam agradáveis.
Além da adaptação visual ao Windows 8/Metro, o Office 2013 vem com
pequenos mimos, pequenas facilidades aqui e ali, uma tímida adaptação a
tablets e mais comprometimento com o manejo de arquivos na nuvem e o
trabalho on the go, onde quer que o usuário esteja — o tipo de feature
que me dá arrepios de pensar (mais trabalho em casa, nos passeios, nas
férias), mas que desconfio exista bastante demanda por ele. O modelo de
assinatura pode ser um impulso para a adoção mais rápida da versão.
Pode. Se vai, ninguém sabe.
O Office precisava mudar ou corria o risco de ficar para trás. Para
tanto, a Microsoft aposta em onipresença através da nuvem e acesso
universal em desktops e tablets — apostas similares às do Windows 8. No
sistema operacional, sou bastante cético quanto a isso; no Office, para
workaholics de plantão elas parecem mais naturais, encaixáveis. O
Office sempre foi a galinha dos ovos de ouro da Microsoft, logo, se
eles estão arriscando aqui, é porque confiam muito no que estão
propondo — a gente sempre pensa melhor quando as consequências afetam o
bolso. Não uma revolução, nada muito surpreendente, mas uma abordagem
mais moderna e mais bonita. Isso é o Office 2013.
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